sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Samurais: entre a honra e a vida

Como alguns sabem e por culpa de um desses, comecei a ler a série de livros do Harry Potter e, enquanto não terminar, minha vida social ficará parcialmente comprometida. Com isso, não tive tempo algum para conseguir pensar em algo interessante, tampouco escrever aqui. Na verdade, eu tive esse tema em mente, mas fiquei com medo de meu ficar extremamente ruim. Porém, como o medo é o amigo do fracasso, resolvi arriscar.


Em algum lugar do Japão, por volta do século VIII, apareceram os famosos samurais, aqueles que marcaram a história do seu povo de uma forma consideravelmente eterna, assim como seu código de conduta já previra. Nessa época, o Japão, assim como todo império, era sustentando pelos impostos pagos pela sua classe trabalhadora, os camponeses, e era preciso que houvesse uma classe de homens fortes e habilidosos para garantirem que nem sequer uma alma deixasse de “pagar pelos seus direitos”. Aos poucos, foram desenvolvendo habilidades cada vez mais aprimoradas e se tornando uma classe cada vez mais conhecida, principalmente pela sua honra e eficiência.
Porém, foi somente em meados do século X que esses homens passaram a ser chamados de samurais. Samurai (kanji: ) significa, literalmente, “aquele que serve”, já que foram anteriormente subordinados diretamente ao imperador. Nesses novos tempos de maior reconhecimento e poder, os samurais passaram a assumir um caráter inteiramente militar; eram contratados pelos Xoguns, aqueles que realmente comandavam o país na época, ao invés dos imperadores - espécie de atual primeiro-ministro - e serviam a eles, defendendo-os de seus inimigos, de forma fiel, inteira e exclusiva. Em troca dessa grande lealdade, os Xoguns davam aos samurais terras e riquezas, culminando no grande poder atingido por eles.


E foi por essa lealdade e eficiência que esses grandes guerreiros ficaram conhecidos, virtudes estas que estavam presentes em seu código de conduta. Virtudes como a lealdade, a retidão, a veracidade e a coragem formavam a inabalável honra de um samurai. Bushido (武士道), literalmente “o caminho do guerreiro”, era o código de conduta dos samurais e primava, sobretudo, pela honra desses homens. A honra de um samurai era mais importante a ser preservada do que sua própria vida, já que, segundo os mesmos, a vida é limitada, mas o nome e a honra podem durar para sempre. Tal filosofia guiou esses homens a serem os maiores guerreiros da história da humanidade, pois preferiam morrer a trair sua palavra ou faltar com sua honra.
Uma vez tendo perdido sua honra, a única forma de recuperá-la era cometendo o Seppuku (切腹), um suicídio no qual o guerreiro introduzia um punhal, ou até mesmo sua espada, no lado esquerdo de sua barriga e o levava ao lado direito da mesma. Isso fazia com que tivesse uma morte dolorosa e lenta, provando que o suicídio fora uma forma de recuperar sua honra, não um ato de covardia. Havia variações desse ritual, tais como aumentar o número de cortes horizontais. Considerava-se mais digno dar fim à própria vida cometendo o Seppuku do que permanecer vivo, mas desonroso com seu povo e consigo mesmo.
Porém, em uma era de globalização, foi impossível para o Japão continuar com a sua política de isolamento e, no século XIX, sofrendo um contato com o ocidente e seu modo de viver, os samurais foram substituídos por um exército aos tais modos ocidentais. Mesmo sendo deixados para trás, o espírito samurai nunca ficou com os seus túmulos e marcou o modo de viver do seu povo, afinal, “ideias são à prova de balas”. Hoje em dia, mesmo com essa diferença cultural, vemos o quão eficientes são os japoneses e nos deparamos facilmente com uma situação na qual um cidadão cometeu suicídio após falhar em uma situação considerada importante.

A percepção é forte e a visão é fraca. Em estratégia, é importante ver o que está distante como se estivesse próximo e ter uma visão distanciada do que está próximo.
- Miyamoto Musashi

domingo, 21 de julho de 2013

O nacionalismo e suas facetas



   Mesmo estando um pouco atrasado, recentemente tivemos uma onda de manifestações, com a consequente explosão de uma série de fatores que há tempos incomodava (e ainda incomoda) o brasileiro. Isso nos remete a um dos sentimentos que talvez seja o que mais analisamos com os olhos errados: o nacionalismo.
Primeiramente, devemos deixar clara a diferença entre nacionalismo e patriotismo. Segundo o Dicionário Aurélio (e não só segundo ele), são definições tão diferentes que chega a ser engraçado:
  •      Patriotismo: s.m. Amor à Pátria.
  •      Nacionalismo: s.m. Preferência determinada pelo que é o próprio à nação à qual se pertence. / Doutrina que reivindica para a nação o direito de praticar uma política ditada unicamente pelos seus interesses, opondo-se a qualquer associação suscetível de limitar-lhe a liberdade de ação. / Movimento social de indivíduos que tomam consciência de formar uma comunidade em virtude dos elos étnicos, linguísticos  culturais etc., que os unem.


Percebe-se, claramente, a complexidade do termo; o nacionalismo não só anda junto ao patriotismo, vai além dele. Aprofundando mais ainda o conceito, o nacionalismo moderno surgiu com a Revolução Francesa, consolidando-se mais ainda em conflitos posteriores, a fim de proteger a nação de um exército invasor ou com um desejo de independência. Esse sentimento traz ao indivíduo um senso de comunidade, que faz com que o mesmo não aja por si só, mas sempre pensando em um todo, em virtude dos fatores que os unem. Lembrando que não estou falando de um nacionalismo ufanista, tal sentimento é doentio e totalmente irracional, que à nação em si nenhum benefício traz, mas, sim, a um pequeno grupo que, por algum motivo, o incentiva.
No Brasil, nunca tivemos nenhum episódio histórico tão relevante que movesse em nosso povo um desejo de cultuar esse amor racional à pátria, que vê defeitos e luta para corrigi-los. Há aqueles que fazem isso, mas visivelmente são poucos. Quando não é 8, é 80. Esse “erro histórico”, infelizmente, fez com que esse sentimento, erroneamente confundido com o nacionalismo ufanista, fosse visto como algo idiota e dispensável por boa parte do nosso povo – que, por incrível que pareça, é aquele mesmo povo que em época de jogo pinta a cara de verde e amarelo e canta que tem orgulho de ser brasileiro.  Não sinto a necessidade de comentar a questão do futebol, porque já acho assunto batido.
Indo mais afundo, pergunto: Por que político no Brasil tem tanto descompromisso para com o povo? Assim como a maioria dos brasileiros, nossos políticos também não têm esse amor à nação e um consequente sentimento de coletividade. É criado não só nele, mas também em nós, um sentimento individualista, que nos faz agir por si sós. Vemos em países como a Alemanha um nacionalismo forte (volto a dizer, excetuando-se totalmente aquele sentimento doentio), onde os indivíduos agem numa coletividade tão consciente que garante o progresso de todos.
Resumindo e finalizando, falo aqui de um nacionalismo que se orgulha daquilo que merece orgulho e que provoca no cidadão uma percepção de que existem outras pessoas com vários fatores em comum, unidas por uma nação, e de que, nesta mesma nação, existem problemas que podem ser solucionados por eles mesmos, se agirem em conjunto; não daquele cego aos problemas e a ideologias baratas.
Para finalizar de verdade, gostaria de pedir um retorno, simplesmente clicando em "Gostei" e "Não gostei" ao fim da publicação e um possível comentário, somente para que eu veja se estou fazendo merda ou pouca merda. Desde já, meu sincero agradecimento. 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Matrix é só loucura


Hoje, por algum motivo, é dia de texto. Mesmo com minha dor de cabeça multidimensional, sinto que meu dia não valeria a pena se não escrevesse ao menos um texto. Já estava pensando há dias em fazer a análise de um filme e creio que não poderia ter tido melhor escolha. O filme da vez é Matrix (apesar da pronúncia certa ser mêitrics, sempre falarei o bom e velho português dos meus pais, intitulado “A Boca É Minha E Eu Falo Do Jeito Que Eu Quiser”, MATRICS ).


No livro “O Mundo de Sofia”, há uma citação da peça “Jeppe de Bjerget", do escritor “Ludvig Holberg”. Procurei a obra em todos os cantos da deep web, mas tudo que encontrei foram textos em holandês ou algo do tipo. Para não estragar meus planos, vou tentar resumir a história: Jeppe acaba dormindo numa estrada e acorda na cama de um homem muito rico. Quando acorda, acha que sonhou que era um pobre camponês mendigão que passava fome e volta a dormir. Enquanto dorme, é levado de volta ao lugar onde havia adormecido primeiro. Quando acorda, pensa ter sonhado que deitou na cama de um homem muito rico, misturando toda a realidade. Quem assistiu ao filme e é manjador já deve ter entendido a minha analogia. O filme Matrix, além de uma série de outros questionamentos, questiona o que é a verdade; o que é a realidade.
Primeiramente, vamos ao que vem primeiro. Matrix é um filme de ficção científica e ação lançado no ano de 1999 (apesar de ser uma trilogia, analisarei apenas o primeiro, por ter sido o único que consegui assistir recentemente). O filme conta com a participação de três personagens principais: Morpheus, Trinity e Neo. Ao analisar a obra, pude retirar as seguintes interpretações para os nomes:
·       Morpheus é um deus grego, o moldador de sonhos. Tem a capacidade de assumir qualquer forma no sonho de um humano. Por que o Deus dos Sonhos? O personagem faz a intermediação entre o mundo real e a Matrix (breve virá sua explicação) e é o chuta bundas dessa relação.
·      Trinity (do inglês, trindade), traz uma referência à Santíssima Trintade do cristianismo, na qual Trinity, Morpheus e Neo representam aqueles três que trarão a paz.
·   Neo. O prefixo neo, de etimologia grega, significa novo, o que remete à mudança, à revolução que todos aqueles que sabem da Matrix esperavam. O termo Neo também é uma variação de One, fazendo alusão ao único, a ao escolhido. Muitos também dizem que o personagem representa Jesus Cristo, pelo fato de trazer essa “nova aliança” com o mundo perdido. Não vou me aprofundar nessa parte, pois meu foco neste texto não é debater religião (isso fica para outro rs).
Mas e essa tão falada Matrix, o que significa? Após viver tanto em função da tecnologia, a humanização da máquina torna-se realidade no universo do filme. A máquina passa a desenvolver uma inteligência artificial e descobre que, para manter-se viva, é necessário se alimentar do corpo humano (algo relacionado à energia que nossos corpos lhes fornecem). Para manter os humanos sob seu domínio, essa nova inteligência artificial cria um mundo virtual onde os humanos vivem tal qual vivemos nos dias atuais: envenenados pela ideologia do sistema que nos configura. Por estarmos tão acoplados e alienados a esse sistema, passamos a fazer parte dele e a defendê-lo, mesmo que inconscientemente (um dos ensinamentos mais fortes do filme). Esse mundo virtual é a tão mencionada Matrix. A nós é apresentada somente essa realidade, por isso, mesmo que ilusória, torna-se, em nossa mente, a real (por ser a única a nós apresentada). Isso remete ao questionamento feito no início do texto: o que são a verdade e a realidade? Como podemos diferenciá-las do surreal? Como dito por Morpheus durante o filme, se for tudo aquilo que podemos sentir, tocar, cheirar, ver, então a Matrix é a realidade.

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Finalizada essa primeira parte de introdução, vamos à análise do enredo do filme. Thomas Anderson trabalha para uma empresa de software durante o dia e como hacker durante à noite, atendendo pelo pseudônimo Neo. Thomas Anderson ou Neo, como você preferir (real versus surreal hehe), na sua primeira cena, está debruçado sobre sua mesa, quando recebe o primeiro contato do mundo real. Na tela do seu computador, aparecem mensagens dizendo que a Matrix o encontrou e etc, dizendo-lhe para seguir o coelho branco. No mesmo momento, alguns dos seus clientes batem à sua porta e uma das mulheres convida-o para uma festa. Esta mesma mulher tem um coelho branco tatuado nas costas. Esse coelho branco faz uma alusão ao filme Alice no País das Maravilhas, no qual um coelho branco convida Alice para viver uma aventura. A partir desse momento, Neo encontra Trinity  e começa a viver a tal aventura. Nesse começo de filme, Neo representa o trabalhador, a massa de manobra. Sempre cansado, preocupado com o trabalho e sem gozar dos prazeres da vida, é o tipo mais comum de cidadão.
Pelo fato de existirem pessoas que vivem a real realidade se conectando à Matrix, existem os agentes, aqueles responsáveis por exterminar essas pessoas. Esses agentes, ao saberem que Neo está sendo contatado por Morpheus, capturam-no a fim de que ele entregue os parâmetros do Negrão dos Sonhos. Neo toca o foda-se para os agentes, mesmo pensando que são uma espécie de Gestapo, e, subitamente, acorda. Quando acorda, recebe uma ligação de Morpheus e vai ao seu encontro. Lá, acontece a famosa cena da pílula e, tendo de optar entre descobrir a verdade e continuar vivendo sua vida mesquinha, crendo ser a verdade, escolhe rodar a baiana e descobrir tudo.
Num real renascimento, Neo é desconectado da espécie de casulo onde servia de alimento para as máquinas e é mandado para a nave de Morpheus e sua tripulação. Morpheus explica o que é a realidade Matrix e mostra como está o mundo realmente. O ano em que estão na verdade é pra lá do século XXII; não 1999, como achava. O mundo se encontra todo fodido. Depois disso, Neo é treinado e, durante seu treinamento, é educado sempre a livrar sua mente, numa tentativa de se desprender da alienação às leis sob as quais estava vivendo.
Numa das próximas cenas, um dos personagens, Cypher, aparece conversando com um dos agentes. Nessa conversa, Cypher, negocia com o agente a entrega de Morpheus em troca de uma vida de prazeres em Matrix. O personagem, mesmo sabendo que de uma forma ilusória, aceita se submeter à omissão da realidade, nua e crua, em busca de prazeres e tampões surreais que ofuscam a realidade (o que me lembra instituições religiosas, MASSS não é o caso) e lhe proporcionam a sensação de uma vida satisfatória.
A trama continua a se desenvolver de forma bastante interessante, com desfechos super legais. Diversos questionamentos ainda podem ser feitos, mas, a fim de os estimular em vocês mesmos, não tirar a graça do filme e de fazer com que vocês o assistam, não irei mais comentá-los. A obra reúne os pensamentos de diversos filósofos (não cheguei a citá-los por ter uma formação teórica palpérrima), formando uma crítica pesadíssima à nossa sociedade. Não sendo somente uma obra de grandioso valor intelectual, Matrix foi um marco para a história do cinema. Seus efeitos visuais, com imagens em Slow Motion, trocas de ângulo e novíssimas explorações técnicas e gráficas revolucionaram o que era considerado tangível ao cinema.

Por fim, não sei se ficou aparente, mas não respondi como caracteriza-se a realidade, ou a verdade. Não respondi pelo simples fato de não saber. Nunca encontrei nenhum conceito de verdade que me deixasse satisfeito, então talvez seja melhor assumir a posição de Nietzsche e assumir que não se pode encontrar uma certeza para a definição do oposto da mentira. Mas vou além dele e atrevo-me a perguntar: será que, pelo fato de não saber o que é, eu não esteja vivendo-a? Talvez a Matrix seja mais “real” do que pensamos...

sábado, 13 de julho de 2013

No fio da navalha


Como estão, leitores possivelmente inexistentes? Hoje passei o dia inteiro pensando no que escrever, agoniado por não conseguir chegar a nada maneiro. Foi então que recorri ao ultimato da minha falta do que fazer, prostrei-me frente ao computador como uma lesma morta e fui fuçar meu próprio perfil (aparentemente, eu faço isso várias vezes). Daí, como se uma bigorna tivesse caído sobre minha cabeça, vi um vídeo que havia postado brilhar na tela como se fosse o Anjo Gabriel. O vídeo é o seguinte:


Fiquei super impressionado com a forma como essa menina, Angel (rsrs), reagiu em relação ao seu acidente. Uma perda que para muitos se tornaria motivo de tristeza profunda, para ela serviu de motivação para ajudar pessoas na mesma situação. Tratando seu acidente de forma bem simples, passa para o público que nada é o fim do mundo e que qualquer um pode superar qualquer coisa. O que mais me surpreende é a sua maturidade em relação ao acontecimento, principalmente pela sua idade. Não é fácil lidar com tais coisas. Tomo-me como exemplo, machuquei minha perna semana passada e já fiquei desesperado pensando que nunca mais voltarei a andar. 
Já aproveitando o tema de superação, não posso deixar de lembrar de um dos maiores trabalhos da banda Fresno - na minha humilde, poser e insignificante opinião - o clipe da música Maior Que As Muralhas. Trata-se de várias cenas e depoimentos de para-atletas que não desistiram, encontraram esperança e se superaram. Com todos os direitos reservados à banda Fresno, segue o link do vídeo:

(Desculpem pela noobzada, mas não consegui incorporar o vídeo como acima, então vai ser desta forma)

Reconheço minha simplicidade diante da imensidão do tema, mas espero que consiga passar pelo menos 10% do que intencionalmente queria. A esperança, com todo o clichê do mundo, deve ser a última a morrer, promovendo em nós a maior superação que pudermos. Nenhum problema é tão grande quanto parece se soubermos enfrentá-lo. Nunca desista, pois há sempre um caminho. 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Sempre jironças


Semana passada acabei machucando minha perna e tendo de ir ao hospital.  O atendimento foi normal, o médico foi bastante atencioso e soube do que se tratava rapidamente. É claro que isso não aconteceu em um hospital público, até porque caso eu tivesse ido a um hospital público, provavelmente estaria lá até agora. Depois de tudo feito, cheguei à minha casa e comentei com a minha irmã que o médico era bastante preparado, já que tinha descoberto o meu problema com bastante facilidade. Ela olhou para mim com cara de bunda e disse que, na verdade, ele havia feito apenas o trabalho dele, já que estudou e é pago para isso. Com isso, parei e pensei: Por que ficamos tão impressionados quando alguém simplesmente faz bem feito aquilo que deve fazer?
Infelizmente fomos criados num modelo de sociedade no qual nada funciona; tudo é feito de forma hostil e individualista. Fomos educados pensando que quase nada dá certo. Apesar de não estar longe da realidade, é como se o problema fosse a sua própria causa. Foi estabelecida uma conformidade com o erro, que gera uma bola de neve, com uma consequente estagnação. Exemplos disso são encontrados em nosso cotidiano: o brasileiro elege um candidato já com a certeza de que não será honesto e simplesmente não faz nada para mudar isso; vamos ao hospital já esperando enfrentar um dos diversos problemas que lá brotam e simplesmente não fazemos nada para mudar isso; viajamos sabendo que as estradas estão sucateadas e simplesmente não fazemos nada para mudar isso; saímos à noite com o medo de sermos violentados e, novamente, simplesmente não fazemos nada para mudar isso... Infelizmente, são mais situações do que eu poderia citar.

O erro já não é aquilo que nos assusta, mas sim algo acontece nos seus simples conformes. Devemos valorizar o correto, com toda certeza, o problema é quando nos distanciamos tanto dele, que acabamos encarando-o como algo sobrenatural. Ao passo que fazemos isso, somos levados a agir “segundo a normalidade” e contribuirmos cada vez mais para essa tal degradação. Agimos de forma individualista e não nos preocupamos com o real significado das nossas ações, o que leva a uma série de problemas sociais.  Precisamos tratar sempre o errado como errado e o certo como certo, não nos acostumando nunca com o incorreto e contribuindo sempre para a evolução da nossa sociedade, caso contrário, ficaremos sempre impressionados quando um médico não nos diagnosticar da forma errada.

domingo, 7 de julho de 2013

A arte de fazer merda



Há um tempo venho querendo fazer algo que me tirasse da terrível inércia da adolescência... Ultimamente não tenho me contentado apenas em ir à escola, ao estágio, ler alguns livros, tentar zerar GTA San Andreas mais uma vez e reclamar do quanto estou cansado. Nesse desejo de deixar de ser apenas mais um bosta e virar um bosta que faz algo, decidi fazer um blog. Até o presente momento, não consegui pensar em nenhum tema central, que me direcionasse e tornasse o blog mais centrado e talvez interessante, então tudo que posso dizer é que vou escrever o que me der na telha. Eu poderia tentar dizer o que provavelmente não escreverei, mas isso também não é interessante (o que faria com que eu deixasse de seguir um dos objetivos mais importantes: ser interessante).
Enfim, espero que tanto eu quanto qualquer outro animal que quiser me acompanhar possa tirar algum proveito, afinal de contas, estamos no mundo para tirar proveito de tudo.